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Alentejo

De cara queimada pelo sol, baloiçava no carro com um vento quase vulcânico a dar as boas vindas.  Mas coração que bate, alma que escreve.  Olhava aquela espécie de beleza trágica dos campos tórridos.  O milho queimado, os fardos como grandes tronos, os portões coloridos como portais para algo inesperado, o moinho de vento a galopar com força como se fosse a única coisa ainda viva.  Um verde rarefeito mas paciente. Ele lá saberá que o seu tempo chegará. Um horizonte árido mas com vestígios de um trabalho sempre assíduo de gentes que não precisam de plateia.  Um horizonte seco mas não esquecido.  São terras que sabem esperar pela bonança, que pacientemente respeitam o sol e a demora das chuvas.  Aqui nada está morto. Existe apenas um tempo que aguarda a prosperidade. Como uma fotografia antiga que demora a ser revelada e faz com que a paixão da espera dure mais um bocadinho.  Ali existe apenas uma outra faceta daquilo a que chamamos realidade. ...

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